O Comitê Facilitador da Sociedade Civil Catarinense tem focado esforços na organização logística da ida de representantes que vêm acompanhando o processo dos diálogos sociais realizados pelos comitês regionais em Santa Catarina.

Demandas como transporte, alojamento e atividades a serem realizadas pela delegação são as principais preocupações da executiva do comitê e estão sendo encaminhadas de acordo com os diálogos do comitê com a universidade e com a organização da Cúpula.

A princípio foi decidido, em reunião da coordenação executiva, que não serão aceitas inscrições de menores de idade para compor a delegação organizada pelo comitê, porém estes podem se organizar de forma a elaborar elementos que os representem como parte do comitê. Um exemplo disso é o painel que está sendo pintado pelos alunos da escola Ada Sant’Ana de Joinville.

Em breve teremos mais informações sobre o andamento do processo. Participe dos próximos diálogos sociais e ajude a construir o comitê!

Att,

Coordenação Executiva

No dia 02 de Maio de 2012, o Comitê Facilitador da sociedade Civil Catarinense para a Rio + 20 e Cúpula dos Povos, realizou o 2º Diálogo Temático: Planejamento Territorial na região de Florianópolis. O encontro ocorreu a partir das 18h30min na sala 903 do Centro Ciências da Saúde (CCS) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e reuniu cerca de 30 pessoas, na maioria estudantes da graduação e pós-graduação da UFSC e da UDESC.

O objetivo do encontro foi construir coletivamente demandas civilizatórias para o desenvolvimento sustentável relacionadas ao planejamento territorial. O instrumento para a construção coletiva de demandas foi a adaptação da Pedagogia do Amor, desenvolvida pelo Prof. Dr. Daniel José da Silva, a qual vem conduzindo os diálogos do Comitê.

Primeiramente, a estudante Mariana Dall´Orto Mello Rodrigues abriu o diálogo dando as boas-vindas, explicando os objetivos do Diálogo e valorizando a importância dos cidadãos no processo do planejamento do território. Após essa breve abertura, o estudante Eduardo Moure realizou uma dinâmica para valorizar as múltiplas dimensões do território (bairros, cidades, bacias hidrográficas, estados, países, etc) e como cada indivíduo carrega uma história e uma cultura de cada território que ele se relaciona.

No primeiro momento da Pedagogia do Amor, a Revelação da Subjetividade, os participantes refletiram individualmente sobre a pergunta geradora: Quais os desafios do Planejamento do Território e as possíveis soluções?

Em seguida, a Contribuição da Diversidade deu-se através de um vídeo que trouxe exemplos de mega cidades com diversos problemas relacionados ao território e algumas soluções locais encontradas. Além do vídeo também foi disponibilizado um texto de apoio estruturado em eixos temáticos do planejamento territorial (disponível na aba Material de Apoio).

Divididos em quatro grupos, os participantes iniciaram a Construção da Intersubjetividade, apresentando cada um suas reflexões iniciais. Logo em seguida os grupos dialogaram entre si para Construção do Domínio Linguístico sobre o tema, com o intuito de convergir suas ideias. As demandas civilizatórias de cada grupo foram então colocadas em uma cartolina e apresentadas ao grande grupo.

O princípio seguido pela maioria das demandas dos grupos é a noção de que o território é um bem comum e, portanto, tem direito usufruir deste de forma justa. Destacou-se que para que haja a participação social é necessário educar para a cidadania.

Como resultados desse processo de construção coletiva podemos ressaltar alguns pontos que foram comuns a maioria dos grupos:

– a necessidade de conhecermos melhor a capacidade de suporte de cada região;
– buscar um novo equílibro no número de pessoas na relação urbano x rural através de disponibilização de acesso a saúde, educação, saneamento e emprego no meio rural para evitar o inchaço das cidades e sua ocupação desordenada;
– o planejamento das cidades pensado à longo prazo;
– bancos de experiências, transparência e acesso a informação;
– mobilidade como um bem comum gestionado pela comunidade de forma participativa e não pela iniciativa privada de forma que integre os transportes de massa à ciclovias, bicicletários, programas de carona, estacionamentos e vias aquáticas;
– agendas construídas com a comunidade, governo e as empresas estabelecendo um plano de metas e um prazo para o cumprimento desses planos;
– políticas públicas que possam cobrar o cumprimento das metas e também dos compromissos assumidos antes das eleições; e
– educação para a cidadania.

É importante valorizar que as demandas civilizatórias partem de uma experiência local dos envolvidos no processo para responder uma crise que atualmente é global. Essas contribuições do povo catarinense passarão por uma aprovação em Audiência Pública no começo de junho e estarão presentes na Cúpula dos Povos.

Um dos objetivos específicos do Comitê Catarinense Facilitador da Sociedade Civil para a Rio+20 é “empoderar a sociedade catarinense para que contribua qualificadamente na construção dos documentos diretrizes para o comprometimento político renovado”.

E, em Joinville, a comunidade do bairro Paranaguamirim por entender essa necessidade de empoderamento e perceber que a participação popular faz a diferença, um grupo de lideranças da comunidade mobilizou-se, para que pudessem analisar e discutir sobre  as temáticas propostas pela Rio+20.

A partir das discussões realizadas a comunidade percebeu que a segurança pública é a maior problemática do território e que o seu enfrentamento precisa levar em conta as dimensões sociais e econômicas que estão relacionadas a problemática.

E, reconhecem a educação como a estratégia fundamental para a superação dessa problemática. O resultado dos encontros realizados nos dias (04 de Abril e 02 e 09 de Maio) é a articulação da comunidade para formar uma organização que possa discutir qualificadamente as problemáticas do bairro e gerar mobilização de maneira permanente, motivados por esse movimento Rio+20.

Empoderamento significa em geral a ação coletiva desenvolvida pelos indivíduos quando participam de espaços privilegiados de decisões, de consciência social dos direitos sociais. Essa consciência ultrapassa a tomada de iniciativa individual de conhecimento e superação de uma situação particular (realidade) em que se encontra, até atingir a compreensão de teias complexas de relações sociais que informam contextos econômicos e políticos mais abrangentes.

As contribuições da sociedade civil catarinense para o desenvolvimento sustentável serão propagadas através da Cúpula dos Povos, evento organizado pela sociedade civil global paralelamente à Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (UNCSD), a Rio+20.

O espaço será organizado em grupos de discussão autogestionados, na Assembleia Permanente dos Povos e num espaço para organizações e movimentos sociais exporem, praticarem e dialogarem com a sociedade sobre suas experiências e projetos.

Nesse sentido, o Comitê Facilitador da Sociedade Civil Catarinense para a Rio+20 está realizando a Economia de Experiência do estado.

Após a finalização dos Diálogos Sociais, o Comitê irá reunir os projetos que se enquadram nos eixos temáticos da Cúpula dos Povos para propagar estas boas práticas de sustentabilidade do estado de Santa Catarina durante o evento no Rio de Janeiro.

Através DESTE FORMULÁRIO você pode contribuir com projetos, experiências e iniciativas sustentáveis de sucesso que ocorreram ou estão acontecendo no estado de Santa Catarina.

Se você conhece ou participa de alguma boa prática para a sustentabilidade, colabore com essa iniciativa!

PARTICIPE!

No último dia 19 de Abril de 2012, foi dado o primeiro passo para o que acreditamos ser o início de uma aliança que perpetuará as atividades do Comitê Facilitador da Sociedade Civil Catarinense para a Rio+20 no Estado.

AIESEC Florianópolis assume o Compromisso de Gerações para a Rio+20, acreditando na emergência do envolvimento dos Jovens nas decisões globais. Tal compromisso reforça os princípios da instituição, que é focada desde 1948 na formação de lideranças para que contribuam positivamente na sociedade. Está presente em mais de 111 países e territórios e, com mais de 65.000 membros, é a maior organização mundial de estudantes.

Assim como este Comitê, a AIESEC acredita que para o enfrentamento da crise civilizatória a identidade planetária deva ser reassumida. Para isso, adota o intercâmbio cultural como elemento chave para a construção conjunta de relações mais harmoniosas entre o humano e o planeta, oportunizando a vivência deste sentimento através do programa de trabalho voluntário Cidadão Global, direcionado aos jovens que fazem a diferença os direciona para vagas em escolas ou ONGs relacionadas à cultura, saúde, meio ambiente, gestão e direitos humanos no Leste Europeu, Ásia e África e América Latina.

Com toda esta experiência de solidariedade aos povos irmãos, não poderia ser diferente: AIESEC Florianópolis, é AIESEC+20!

A Assessoria de Juventude de Gaspar, em parceria com o Projeto Ambiental Surucua, estão motivando jovens a refletirem sobre a sustentabilidade.

Por Ana Maba,  Assessoria de Assuntos para a Juventude de Gaspar – SC

Depois de ter representação do Conselho Municipal de Juventude no Fórum Social Temático em Porto Alegre de 24 a 29 de janeiro e também no primeiro Dialogo Social Catarinense para a Rio+20 em Joinville no dia 23/03/12, a Assessoria de Assuntos da Juventude, com o apoio de outros conselheiros, viu a possibilidade de trazer pôr em pauta a sustentabilidade, a partir da própria juventude.

O primeiro passo foi de buscar os parceiros, e eles vieram: SAMAE (Serviço Autonomo Municipal de Água e Esgoto), estudantes do Colégio Honório Miranda que fazem parte do projeto ambiental “Surucua” e demais interessados, tanto por parte de governo municipal como por parte da sociedade civil. O segundo passo foi reunir todos e passar a ideia, apresentando a parceria com o Comitê Catarinense para a Rio+20. E neste momento a galera se animou! Aliar a temática ambiental, já trabalhada pelo projeto Surucua, com a educação ambiental já trabalhada pelo Samae, mostrou que a iniciativa pode dar frutos tendo vistas a um prazo maior do que a realização da Rio +20. “Há muito para ser trabalhado em Gaspar”, afirma um dos facilitadores do grupo. “A juventude pode ser a chave, em fazer a diferença. Politicamente esta pauta é delicada”, afirma Ana Maba, Assessora de Assuntos para a Juventude.

Neste último dia 25, os estudantes estiveram reunidos na Prefeitura para expressar o que desejam para a cidade. Puderam conhecer algumas representantes do Comitê, que estiveram presentes via Skype, acompanhando o desenvolvimento de todo o encontro e dando sugestões. Muitas ideias foram escritas em tarjetas, que depois foram agrupadas em diferentes temáticas, se tornando Grupos de Trabalho. A dinâmica serviu para definir possíveis ações que o todo o grupo pode vir a construir na cidade, entre elas: Ecologia e Lazer, Saúde e agrotóxicos, Saneamento, preservação do Rio Itajaí, Meio Ambiente e Cultura Sustentável, Educação Ambiental, Área Ambiental e cuidado com os animais.

Estes são os anseios que os jovens de Gaspar começam a tratar, graças ao impulso da Rio +20. O Grupo percebe que será necessário se ampliar durante as ações, envolvendo mais os agricultores, a administração publica, outros jovens e toda a população possível para uma nova consciência de sustentabilidade. Para alcançar os desejos colocados nas tarjetas precisaremos trabalhar muito, durante muito tempo.

Representantes dos comitês estaduais do Rio de janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Manaus, Paraná, Santa Catarina, Bahia e Distrito Federal estiveram presentes à reunião realizada no 22/04, no Colégio Assunção, em Santa Tereza, RJ. O objetivo do encontro foi avançar na pauta coletiva e gerar interface entre o que é feito nos estados, possibilitando a troca de experiências exitosas, o compartilhamento dos desafios e o apoio mútuo, em busca de soluções.

O DIA DA TERRA foi criado pelo senador americano Gaylord Nelson, no dia 22 de abril de 1970.  A celebração desse dia tem por finalidade criar uma consciência comum aos problemas sócio ambientais que atingem o nosso planeta para que possamos protegê-lo.

E o Comitê Facilitador da Sociedade Civil Catarinense para a Rio+20 articulou-se ao movimento Rio+Você para realizar essa celebração a mãe Terra. O Rio + Você é uma campanha de conscientização sobre o desenvolvimento sustentável, um movimento de juventude para todos aqueles que se sentem jovens, para aqueles que querem mudar, participar, gritar e trabalhar juntos por um mundo melhor!

Para celebrar o Dia da Terra o Comitê Catarinense para Rio+20 em Joinville atuou no Joinville em Movimento, onde uma rua na área central da cidade é fechada para a passagem de carros, possibilitando que adultos, crianças, adolescentes possam caminhar, andar de bike, de skate, de patins tranquilamente. O Comitê então criou o slogam, Joinville em Movimento para Rio+20 e, nos manifestamos contrários a mudança do Código Florestal Brasileiro e participamos do Movimento Rio+Você.

E a programação contou com as seguintes atividades: sensibilização sobre a importância das Florestas com uma contação de histórias, sons da natureza (pau de chuva, apitos com sons de aves, chacoalho com sementes, tambor,  instrumento que imita o som de trovoada), oficina de pintura sobre as florestas, jogo trilha de chão do Matias Gota e entrega de material educativo da Fundema e diálogos sobre a iniciativa do Comitê.

 Rio+Você é o desejo de mudar, de tomar parte, de gritar, de propor e, especialmente, o desejo de trabalhar juntos por um mundo melhor!

Vem, vamos embora

Que esperar não é saber

Quem sabe faz a hora

Não espera acontecer…

Geraldo Vandré

Obrigada a tod@s que cooperaram para que esse dia pudesse ser de celebração a Mãe Terra.

Maiores informações sobre essa iniciativa disponíveis em http://www.conscienciacomciencia.com.br/2012/04/22/no-dia-da-terra-joinville-se-movimentou-para-a-rio20/