Comitês estaduais se encontram em Santa Tereza para planejar ações na Rio+20
Encontro interestadual promove trocas, fortalece parcerias e proporciona definições conjuntas sobre como criar sinergias e mobilizar a sociedade civil para a Cúpula dos Povos, em junho.
Por Carolina Ramalhete, Vitae Civilis e Yam Castelfranchi, Comitê SC para a Rio+20
Representantes dos comitês estaduais do Rio de janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Manaus, Paraná, Santa Catarina, Bahia e Distrito Federal estiveram presentes à reunião realizada no 22/04, no Colégio Assunção, em Santa Tereza, RJ. O objetivo do encontro foi avançar na pauta coletiva e gerar interface entre o que é feito nos estados, possibilitando a troca de experiências exitosas, o compartilhamento dos desafios e o apoio mútuo, em busca de soluções.
A parte da manhã foi destina ao reconhecimento mútuo dos representantes estaduais e à apresentação sintética dos trabalhos até agora desenvolvidos. Além dos representantes dos respectivos comitês, participaram também representantes do Fórum Brasileiro de ONGS e Movimentos Sociais (FBOMS) Rubens Born (Vitae Civilis), Silvia Alcântara Picchioni (Esquel) e Carlos Henrique Painel (Secretaria Operativa do Grupo Articulador). Estes contribuíram com falas de contexto, sobre o cenário internacional e as discussões que antecedem e preparam o território da Rio + 20, e a respeito das articulações locais, sobretudo que visam à preparação dos espaços destinados à hospedagem e realização das atividades durante a conferência.
Os comitês estaduais se encontram em estágios distintos de desenvolvimento e atuação local. Enquanto o comitê paulista relatou evento com a participação de trezentas pessoas, o comitê de Manaus acaba de realizar seu primeiro encontro. Isso torna maior o desafio de se chegar a um objetivo e ação comum a ser efetiva durante a Cúpula dos Povos. Mesmo assim, os representantes estaduais acordaram que, o objetivo principal dos comitês é mobilizar localmente, promover debate sobre a Rio+20, articular e fortalecer redes e movimentos socioambientais em curso.
O mais coerente com este objetivo é, durante a Cúpula, criar um espaço coletivo de encontro, mobilização e troca. A ideia apresentada por Dora Lima, do comitê paulista, e apoiada por todos, é de se criar uma praça que acolha manifestações diversas, jogos, diálogos temáticos, dinâmicas, intervenções artísticas e exposições pontuais. Essa ação será inscrita como um um território do futuro na Cúpula dos Povos, onde os comitês estaduais poderão expor suas contribuições práticas para um mundo mais sustentável. Outra atividade proposta em conjunto é a Atividade de Convergência dos Comitês Estaduais, atividade autogestionada dedicada à reunião dos comitês e a prospecção pós-Rio+20.
Aliada a esse espaço, a ideia apresentada por Carolina Ramalhete, do comitê DF é construir uma plataforma virtual que armazenará, desde o pré-conferência, conteúdos diversos, guias metodológicos de mobilização, fotos e vídeos das experiências estaduais. Durante a Rio+20 conteúdos e informações produzidas e replicadas durante o evento também serão veiculadas neste ambiente, que servirá, sobretudo, como um guia para quem quer acompanhar as atividades dos comitês estaduais na Cúpula, com indicação precisa de escopo, hora, local e, posteriormente, a notícia de cada atividade. Contudo, antes de levar a curso uma nova plataforma online, será feita pesquisa das opções já existentes, a fim de mapear possíveis parcerias e sinergias e evitar duplicidade de esforços.
O encontro também reuniu representantes da juventude de outros comitês estaduais e da REJUMA – Rede Juventude pelo Meio Ambiente. A reunião da juventude foi muito importante para dar início ao planejamento das articulações para depois da conferência da ONU.