Primeiro dia do Comitê Catarinense no Fórum Social Temático

26/01/2012 12:37

O Comitê Catarinense para a Rio+20 esteve representado por Ana Paula Souza, Maria Gabriela Knapp e Thaianna Cardoso na manhã do dia 25/01/2012 nas dependências da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) participando da oficina Como influenciar o processo e os temas da Rio+20, atividade do Fórum Social Temático, ministrada por Daniella Hiche, Relações Institucionais da Comunidade BAHÁ’Í DO BRASIL. A comunidade BAHÁ’Í DO BRASIL, é o 1° grupo da sociedade civil a ter um estado consultivo junto a Organização das Nações Unidas (ONU).

A ONU possui como objetivo a promoção e a garantia da PAZ NO MUNDO. Para tanto a discussão de temáticas como direitos humanos, erradicação da pobreza, economia, educação e sustentabilidade possibilitam a consolidação dessa paz. Diante desse contexto, Daniella explicou de que maneira se dá o envolvimento da sociedade civil, dentro do organismo ONU, e como essa participação, tem uma limitação dentro das discussões oficiais poucos minutos para os 9 Major Grups e que a ação efetiva acontece em conversas informais com os Chefes de Estado nós cafés próximos às plenárias.

A oficina esteve dividida em dois momentos, a saber: um de contextualização da Rio+20 e o outro para a discussão dos temas que são propostos para o evento nesse ano.

Do ponto de vista histórico a Rio+20 teve como antecedentes algumas conferências e eventos, que oportunizaram que a compreensão de MEIO AMBIENTE e DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL pudesse ser percebida como relacional, e nesse contexto, um dos eventos que mais contribuiu foi a ECO-92. Pois, de acordo com Hiche, foi na e pela ECO-92 que “o mundo (aqui apresentado na visão dos chefes de estado) passou a perceber que não haveria como pensar a economia e o ambiente como algo disjunto”.

No segundo momento houve a explicação dos temas geradores para a Rio+20 desse ano, que são eles: economia verde para a erradicação da pobreza e diminuição das desigualdades sociais e governança para o desenvolvimento sustentável.

Economia verde para a erradicação da pobreza e diminuição das desigualdades sociais:

As discussões acerca do tema economia verde são muitas, desde sua conceituação e suas múltiplas interpretações, a exemplo do verdeamento da economia tradicional como uma estratégia para garantir um “fôlego” para o atual modelo de sociedade de consumo,  até da contraditória relação de querer solucionar problemáticas de erradicação da pobreza, utilizando maciçamente de tecnologias. Todavia, entende-se que o setor empresarial não pode ser visto marginalizado neste processo, como um vilão, mas como um ator que muito tem a contribuir e apreender junto à sociedade civil para a construção desta renovada sociedade sustentável.

Governança para o desenvolvimento sustentável:

Uma vez que neste momento o encontro estava se encaminhando para o fim, Daniella rapidamente explanou a cerca dos dois conceitos de Governança, o primeiro relacionado aos espaços institucionais e organismos que possibilitam em suas estruturas o diálogo do considerado tripé da sustentabilidade: Economia, Sociedade e Ambiente; e o segundo associado diretamente para a construção participativa e coletiva da sustentabilidade com seus atores diversos. Além disso, ela pontuou as modificações na geopolítica mundial e que isso, tem como implicação o “surgimento de novos atores sociais” e a “anulação de outros”, tornando necessário o repensar do sistema vigente, assim como a construção de políticas renovadas a fim de construir uma governança para a sustentabilidade.